sexta-feira, outubro 21, 2016

Introdução ao Novo Testamento - 02.


Continuação do post anterior.
2. A Cultura Grega. Embora os romanos fossem os dominadores políticos do mundo, era o idioma e o pensamento gregos que dominavam a cultura da época. Um idioma e um mundo! Esse era o lema e a ambição de Alexandre, o Grande. Quando ele fez as suas conquistas, tomou providencias para unificar todas as nações dominadas sob o seu controle. O idioma grego passou a ser ensinado por toda a parte do seu império. A cultura grega foi introduzida como o padrão de pensamento e da vida diária. Isso produziu um profundo impacto sobre o povo do mundo do Novo Testamento. (A cultora grega também é chamada cultura helênica. A pessoa cuja cultura era grega era chamada helenista, embora não fosse grega de nascimento).
Se o império político de Alexandre o Grande foi de breve duração, seu impacto cultural foi grande e duradouro. Por muitos séculos, o mundo mediterrâneo inteiro exibiu as marcas da influência helenista. Tornaram-se generalizados os costumes e as maneiras gregos. Muitas cidades copiavam o estilo da arquitetura grega. O espírito de inquirição dos gregos, que gostavam de especular sobre a origem e o significado do universo, de Deus e dos homens, do bem e do mal, também foi adotado pelas nações influenciadas pela cultura grega. O grego tornou-se o idioma dos governantes e a língua comum dos escravos. Cartas, poemas e transações comerciais eram todas redigidas em grego. No Novo Testamento, o termo grego é usado afim de referir-se não somente ao povo da Grécia, mas também ao povo que falava o grego, e pertenciam a outras nações não-judaicas. O grego tornou-se generalizado como idioma.
Quando os romanos chegaram ao poder, encontraram no idioma grego um meio ideal para comunicar-se com seus territórios capturados. Jovens romanos eram enviados para serem educados em universidades gregas, como as de Atenas, Rodes e Tarso. Finalmente na própria capital do Império, o grego tornou-se largamente falado.
O idioma grego era realmente um veículo inigualável para expressar a mensagem cristã. Visto que esse idioma era tão largamente usado, os apóstolos podiam pregar em grego, sem a necessidade de intérpretes. O uso generalizado desse idioma também explica por qual razão todos os livros do Novo Testamento, escritos quase todos por judeus, foram originalmente escritos em grego. Quando Cristo veio com a mensagem de Deus para o mundo inteiro, havia uma língua universal, com a qual Ele podia comunicar-se com todos.
3. A Religião Judaica. Já vimos como Deus usou o poder romano e a cultura grega para preparar o mundo para ouvir a mensagem de Cristo. Deus também usou o povo e a religião judaicos com esse mesmo propósito. Ele se revelou aos judeus e lhes conferiu predições a respeito do Messias que viria. Essas revelações e profecias foram registradas e reunidas no Antigo Testamento. Os ensinamentos do Antigo Testamento propagaram-se por muitos lugares do mundo em resultado da vida e da religião judaica que ocorreu durante o exílio e o período inter testamentário.
O Judaísmo no Período Intertestamentário.
Três principais desenvolvimentos surgiram no judaísmo durante o exílio e os anos do período intertestamentário. Esses três foram o surgimento da sinagoga e sua forma de adoração, a conversão de muitos não judeus ao judaísmo, e a tradução das Escrituras do Antigo Testamento para o grego.
1. A Sinagoga. Quando os judeus foram levados ao exílio, levaram consigo as Escrituras do Antigo Testamento. Esses escritos formavam a base da prática religiosa deles. Durante o cativeiro, não podiam adorar no templo e nem oferecer sacrifícios de animais. Entretanto eles deram continuidade à sua adoração ao verdadeiro Deus.
Eles passaram a se reunir em agrupamentos chamados sinagogas, a fim de discutirem sobre as Escrituras e serem instruídos nelas. Dez ou mais homens podiam formar uma sinagoga, e podia haver mais de uma sinagoga em cada cidade. A adoração típica da sinagoga incluía leituras da lei e dos profetas. Os profetas haviam escrito sobre a vinde de um Messias, que os livraria do cativeiro.

Continua no próximo post.

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