Continuação
do post anterior.
2.
A Cultura Grega.
Embora os romanos fossem os dominadores políticos do mundo, era o
idioma e o pensamento gregos que dominavam a cultura da época. Um
idioma e um mundo! Esse
era o lema e a ambição de Alexandre, o Grande. Quando ele fez as
suas conquistas, tomou providencias para unificar todas as nações
dominadas sob o seu controle. O idioma grego passou a ser ensinado
por toda a parte do seu império. A cultura grega foi introduzida
como o padrão de pensamento e da vida diária. Isso produziu um
profundo impacto sobre o povo do mundo do Novo Testamento. (A cultora
grega também é chamada cultura helênica. A pessoa cuja cultura era
grega era chamada helenista, embora não fosse grega de nascimento).
Se
o império político de Alexandre o Grande foi de breve duração,
seu impacto cultural foi grande e duradouro. Por muitos séculos, o
mundo mediterrâneo inteiro exibiu as marcas da influência
helenista. Tornaram-se generalizados os costumes e as maneiras
gregos. Muitas cidades copiavam o estilo da arquitetura grega. O
espírito de inquirição dos gregos, que gostavam de especular sobre
a origem e o significado do universo, de Deus e dos homens, do bem e
do mal, também foi adotado pelas nações influenciadas pela cultura
grega. O grego tornou-se o idioma dos governantes e a língua comum
dos escravos. Cartas, poemas e transações comerciais eram todas
redigidas em grego. No Novo Testamento, o termo grego
é usado afim de referir-se não somente ao povo da Grécia, mas
também ao povo que falava o grego, e pertenciam a outras nações
não-judaicas. O grego tornou-se generalizado como idioma.
Quando
os romanos chegaram ao poder, encontraram no idioma grego um meio
ideal para comunicar-se com seus territórios capturados. Jovens
romanos eram enviados para serem educados em universidades gregas,
como as de Atenas, Rodes e Tarso. Finalmente na própria capital do
Império, o grego tornou-se largamente falado.
O
idioma grego era realmente um veículo inigualável para expressar a
mensagem cristã. Visto que esse idioma era tão largamente usado, os
apóstolos podiam pregar em grego, sem a necessidade de intérpretes.
O uso generalizado desse idioma também explica por qual razão todos
os livros do Novo Testamento, escritos quase todos por judeus, foram
originalmente escritos em grego. Quando Cristo veio com a mensagem de
Deus para o mundo inteiro, havia uma língua universal, com a qual
Ele podia comunicar-se com todos.
3.
A Religião Judaica.
Já vimos como Deus usou o poder romano e a cultura grega para
preparar o mundo para ouvir a mensagem de Cristo. Deus também usou o
povo e a religião judaicos com esse mesmo propósito. Ele se revelou
aos judeus e lhes conferiu predições a respeito do Messias que
viria. Essas revelações e profecias foram registradas e reunidas no
Antigo Testamento. Os ensinamentos do Antigo Testamento propagaram-se
por muitos lugares do mundo em resultado da vida e da religião
judaica que ocorreu durante o exílio e o período inter
testamentário.
O
Judaísmo no Período Intertestamentário.
Três
principais desenvolvimentos surgiram no judaísmo durante o exílio e
os anos do período intertestamentário. Esses três foram o
surgimento da sinagoga e sua forma de adoração, a conversão de
muitos não judeus ao judaísmo, e a tradução das Escrituras do
Antigo Testamento para o grego.
1.
A Sinagoga. Quando os
judeus foram levados ao exílio, levaram consigo as Escrituras do
Antigo Testamento. Esses escritos formavam a base da prática
religiosa deles. Durante o cativeiro, não podiam adorar no templo e
nem oferecer sacrifícios de animais. Entretanto eles deram
continuidade à sua adoração ao verdadeiro Deus.
Eles
passaram a se reunir em agrupamentos chamados sinagogas, a fim de
discutirem sobre as Escrituras e serem instruídos nelas. Dez ou mais
homens podiam formar uma sinagoga, e podia haver mais de uma sinagoga
em cada cidade. A adoração típica da sinagoga incluía leituras da
lei e dos profetas. Os profetas haviam escrito sobre a vinde de um
Messias, que os livraria do cativeiro.
Continua
no próximo post.
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