Continuação
do post anterior.
Os
Livros Pessoais. Além
dos livros doutrinários e históricos, há outros que melhor
poderiam ser descritos como pessoais. Esses livros foram cartas
endereçadas a crentes individuais, e não a grupos de crentes. São
as seis epístolas de 1 e 2 Timóteo, Tito, Filemon e 2 e 3 João.
Embora fossem escritas para homens que eram líderes da Igreja,
revestem-se de importância para a comunidade cristã inteira de
todos os séculos. Contêm diretrizes para a seleção de líderes
eclesiásticos, instruções sobre o governo das igrejas, conselhos
pessoais para aqueles a quem essas epístolas foram dirigidas, além
de solicitações e comentários.
O
Livro Profético. De
modo geral, os livros proféticos da Bíblia são aqueles nos quais
Deus nos tem falado sobre eventos tanto presentes como futuros. Assim
sendo, os escritos proféticos têm dois propósitos principais: 1)
transmitir ao povo uma mensagem sobre sua presente situação, e como
deveriam reagir diante dessa situação; e 2) revelar eventos futuros
e o plano de Deus acerca do mundo. Embora quase todos os livros do
Novo Testamento envolvam alguma profecia, o livro de Apocalipse
dedica-se inteiramente a questões proféticas.
O
livro de Apocalipse encerra uma mensagem para as sete igrejas da
Ásia, para as quais o mesmo foi escrito. Também descreve o destino
final do povo de Deus, de satanás e seus seguidores e dos céus e da
terra. Mostra-nos que Cristo, o Cordeiro que foi morto, saiu-se
totalmente vitorioso. Trata-se de um exemplo do tipo especial de
escrito profético denominado apocalíptico. Isso significa que a sua
mensagem revela verdades mediante o emprego de símbolos e de vívidos
quadros falados. Por exemplo, as sete igrejas da Ásia são
retratadas como candeeiros. Veja Apocalipse 1.12,20: “Voltei-me
para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro;
quanto
ao mistério das sete estrelas que viste na minha mão direita e aos
sete candeeiros de ouro, as sete estrelas são os anjos das sete
igrejas, e os sete candeeiros são as sete igrejas”;
ao passo que satanás é retratado como um dragão. Veja Apocalipse
12.7-9: “Houve
peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o dragão.
Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não
prevaleceram; nem mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso
o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o
sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra, e, com ele,
os seus anjos.”.
Autores
dos livros.
Os
livros do Novo Testamento foram escritos por oito (ou talvez nove)
homens: Mateus, Pedro, João, Marcos, Judas, Tiago, Lucas. Paulo e o
escritor da epístola aos Hebreus (alguns estudiosos da Bíblia
acreditam que Paulo escreveu a epístola aos Hebreus). Dentre esses
homens todos eram judeus com exceção de Lucas. Mateus, Pedro e João
eram membros do grupo original dos doze discípulos de Jesus. Marcos,
Judas e Tiago estavam associados aos discípulos, e faziam parte da
primeira igreja, em Jerusalém. Lucas e Paulo conheciam pessoalmente
alguns que tinham sido testemunhas da vida e do ministério terrenos
de Jesus.
Cronologia
dos livros.
No
Novo Testamento os livros são agrupados de acordo com o conteúdo
dos mesmos. Em outras palavras, os livros históricos aparecem em
primeiro lugar, os livros doutrinários e especiais aparecem em
seguida, e o livro profético aparece em último lugar. Entretanto
não estudaremos os livros segundo essa ordem, e, sim, em sua
seqüência cronológica. Isso significa que nós os estudaremos de
acordo com os anos específicos da história que eles abordam. Esse
modo de proceder nos ajudará a obter o conhecimento dos eventos que
ocorrem em seu arcabouço histórico.
Os
acontecimentos históricos mencionados nos escritos do Novo
Testamento aconteceram dentro de um espaço de aproximadamente cem
anos, desde 6 a.C. até 95 d.C. Esse período de tempo pode ser
dividido em três períodos: 1) a vida e o ministério de Jesus; 2) o
começo e o desenvolvimento da Igreja; e 3) o contínuo crescimento
da Igreja e a perseguição contra ela.
Continua
no próximo post.
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